Recuso-me a ser a ser  
 o objeto direto deste texto amoroso.
 Não quero ser apenas sujeito
 nem tampouco agente da passiva.
 Não quero relações de orações subordinadas,
 ainda que substantivas,  
 pois estão fadadas a uma eterna dependência
 de sujeitos ou complementos.
 Se formos orações coordenadas sindéticas,
 ainda que aditivas,
 podemos nos cansar das conjunções.
 Quero uma relação  
 de orações coordenadas assindéticas.
 Cada qual como seu próprio sujeito,
 com seu tempo verbal e seus complementos,
 numa relação justaposta.
 Não deixemos que termos acessórios  
 sejam parte do nosso texto.
 Escolhamos a linguagem direta,
 composta apenas pelos termos essenciais!
 Perderemos o lirismo,
 até mesmo a poesia!
 Mas nunca cairemos no risco  
 da prolixidade!
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