afogou-se em um universo paralelo
composto por sentimentos expandidos
ao longo de sua inexistência
sonhava com pássaros azuis e árvores frutíferas
porém foi tomada pelo cinza da existência indefinida
da metrópole
seu mundo de sonhos ruiu
quando as flores não surgiram na primavera
olhou-se no espelho e percebeu sua pele murcha
as rugas que eram seu rosto  
e a órbita obscurecida  
e sem brilho pela qual via o mundo
- Como podes ver o brilho do mundo por órbitas tão vazias?
chocou-se com a face amarelecida
- Há quanto tempo não via o sol?
estava tomada por tão profunda solidão  
que a luz a incomodava  
percebeu-se um ser estranho  
estranho para si mesma  
já que aquela criatura  
em frente ao espelho não lhe era reconhecível  
- Reconhecível?  
- Podemos nós reconhecermos nossas fraquezas vãs?  
- Mostrar-nos a um mundo belo despojados de beleza?
- Que importa teus bons sentimentos
quando tua face é desagradável às pupilas alheias?
escondeu-se ensimesmada na mais profunda escuridão
foi perdida
perdeu-se com ela
seu belo e puro coração.
Esse é muito bom(...) Gostei
ResponderExcluirAdorei é muito pouco para dizer desse poema busquei palavras para classificalo e não encontrei então vou deixar meu fraternal obrigada pelo privilegio de compartilhar algo assim
ResponderExcluirum grande bjos sucesso